Olha pra mim, amor, olha pra mim;
Meus olhos andam doidos por te olhar!
Meus olhos andam doidos por te olhar!
Do poema “Súplica”
Florbela Espanca
Mesmo que eu estivesse a um palmo de ti, mesmo assim, estaria invisível, a invisibilidade não é de quem olha na noite as orgias dos nossos sonhos, entra e sai sem avisar e mesmo assim nos os convidamos pra ficar, imateriais, sem sentido, passam a noite em uma traviata de luz, onde um arlequim incompleto canta e chora, amanha logo amanhecerá, transparente entre na chuva fina do orvalho, e eu nem me lembrarei do dos intervalos entre o não ser, e não estar também, eu quero mais é viver-te, ah! meu amor eu ando louca pra encontrar-te...
O meu amor
Mesmo que o amor acabe
mesmo assim
ainda serás
a minha doce lembrança
mesmo sendo o (uni)verso
in(verso)
és arte
encanta-me
o dia fez-se amor
em mim refaz-se
e por amar-te
sou feliz enfim fica
deixa que parta apenas a aurora
deste universo
és a promessa
as juras
quando enfim ver-te
não somente
e apenas sombra
subita astuta
lá longe
no horizonte da memória estas
na tênue e languida luz
dos candeeiros
resistes ao tempo
vivo além mar no ar
no quarto, sobre a mesa o abajur, a tênue sombra dança nas paredes nuas, peladas dos meus ecos afora, mas, não encontro razão pra VIVER senão no amor...
Nina Pilar
Amo como ama o amor.
Não conheço nenhuma outra razão para amar senão amar.
Que queres que te diga, além de que te amo, se o que quero dizer-te é que te amo.
Fernando Pessoa
Um comentário:
Mesmo que eu estivesse a um palmo de ti, mesmo assim, estaria invisível, a invisibilidade não é de quem olha na noite as orgias dos nossos sonhos, entra e sai sem avisar e mesmo assim nos os convidamos pra ficar, imateriais, sem sentido, passam a noite em uma traviata de luz, onde um arlequim incompleto canta e chora, amanha logo amanhecerá, transparente entre na chuva fina do orvalho, e eu nem me lembrarei do dos intervalos entre o não ser
Belíssimo este trecho que sublinho
bjo
Postar um comentário