Não venhas dizer-me que não faxinei a casa, que deixei
a mesa suja, pia cheia de pratos, panelas, restos de comidas espalhadas; não
ouse dizer que tuas camisas estão mal passadas, que não lavei tuas meias e
cuecas...
Não quero que a dor nos uma meu amor
seja a mesma dor do amor vá nos separe
eu o quero ser plena e não pensar em pratos, pia, casa,
restos
de comidas e camisas mal passadas
gosto dos jardins cobertos de flores primaveris
perfumado com sândalos
cara lavada com cheiro de banho
quero-o simples como são simples as palavras
pés pisando no chão
nas gramas rasteira ainda molhada
quero-o dentro das mais singelas lembranças
quero os teus sorrisos abertos escandalosamente tímidos
quero-o correndo atrás das crianças
soltando pipa nos parques,
quero-o no balanço no ar
quero-o sem jeito tirar sarro do sei jeito desajeito e sem
saber pra onde olhar
quero-o luz
Quero-o maior que o infinito,
quero-o perdido em busca de mim,
quero-o assim nessa totalidade sem ser objeta e triste,
quero-o como sempre quis,
menino, homem, homem menino,
para que possas dizer-me sempre,
amo-te acima de todas as coisas!
quando nos céus os astros alhanam-se penso em ti
quando dois sol encontram-se entram-se nossas almas
peregrinas
dentro de uma mandala
vou buscar
Pois, sei que vai passar
não sei o dia
não marco o meu tempo em relógios
mas, sinto de longe a chuva
e ela também vai passar
escuto de longe o murmúrio do mar
meu mar interior
cheios de dunas
e espero o tempo
a chuva
o mal tempo passar...
Nina Pilar
Mais
tarde eu saberia que
certas experiências se partilham
- até mesmo sem palavras –
certas experiências se partilham
- até mesmo sem palavras –
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